terça-feira, 17 de março de 2009

BANCO BANCA BANQUEIRO

BANCO BANCA BANQUEIRO

Quando apareceu o sistema de agiotagem “legalizada” onde várias pessoas passaram, em determinado momento, a confiarem em alguém para proteger os valores pessoais para resgate futuro?

Pergunta extremamente difícil de responder, mas que podemos verificar vestígios de certos momentos históricos, por exemplo, a fuga do Egito de um grupo de homens pelo deserto, em marcha para uma Terra Prometida, levando tudo o que fosse possível na bagagem, o que foi amealhado no longo do tempo no país mais rico do mundo antigo, o Egito.
O Egito era a terra das opções de quem não possuía mais opções, era terra promissora, mas o povo estrangeiro era estranho aos interesses egípcios. De repente algo acontece e os que emigraram de sua terra precisam voltar, pois, o Egito não possui mais a grandeza de outrora.
As esperanças depositadas no passado, já não são as mesmas das gerações posteriores, as estruturas do mundo antigo estão mudando, as riquezas escassearam. O povo sai em debandada quase não dando tempo de recuperar as ganâncias. Rapidamente montam a bagagem em seus carros de tração animal, que conseguiram separar rapidamente e partir fugindo do Egito para um lugar sem perspectivas de enriquecimento rápido, um lugar seco, mas é o único que acolherá aquela multidão. No meio do caminho após atravessarem o Mar Vermelho, perseguidos pelo Faraó, denominado “A Grande Casa”, é o deus terreno que precisa recuperar as finanças de seu povo. O outro povo, que outrora fizeram o serviço evitado pela elite, não serve mais, e seu líder Moisés vai à frente recolhido no silêncio, com um cajado, depara-se com uma montanha. Precisa se recolher conversar com alguém. Sobe o Monte Horeb, e lá na altitude vê-se a frente do “Eu Sou”, precisa dar preceitos de honra ao povo, que abaixo do monte, articula uma revolta, recolhendo tudo quanto havia em ouro possível da caravana: brincos, anéis, colares, correntes, braceletes, pingentes, tiaras, enfim tudo juntado em um canto, o fogo preparado derreteu toda aquela riqueza em uma enorme fogueira, e do líquido incandescente fizeram um modelo de bezerro, representando a pecúnia, ou seja, o dinheiro.

Por que um bezerro de ouro?
Porque “pecuniosus” é sinônimo para “Rico em Gado”.

Deste modo o bezerro de ouro fundido surgiu proveniente de todos os objetos, uma parte de todos, que queriam algum proveito. O bezerro passou a ser adorado em reverência a riqueza, também conhecido como Reino de Mamon.
Todos ajoelhavam a programá-lo como salvação, adoração primordial de quem banca o jogo, sendo parte de todos e interesses de muitos com proveito de poucos.
Quem quis salvar aquele povo prostituído foi ridicularizado, sendo o mesmo penalizado não tendo direito a usufruir da Terra Prometida.

O tempo passou muitas gerações apareceram após àquele “povo prostituto” e vemos novas gerações em adoração no “Templo Moderno: o Banco”, protegido por seguranças das riquezas circulantes, entre ávidos interesses da deusa Europa, raptada por Zeus, transformado em touro branco, seduziu e foi seduzida pela beleza aparente. Deste modo refletido com interesses particulares, assumiu reverter para si as vontades dos deuses.
A crença de Sion o lugar supremo de adoração, próximo de outro monte, o Gólgota, onde dependuraram a inocência de quem “acredita nas ações do homem”, é o maior centro religioso que se tem notícia na Terra. Nas Cruzadas programadas em 1095, desta era, foi estabelecido como área de proteção ao “deus ouro” é para lá transportado por um grupo armado, Cavaleiros do Templo, militares caixas-fortes, que levavam valores da Europa para a Terra Prometida e vice versa, em troca de um dízimo devido a esta antiga seguradora. Assim eram assinadas as primeiras promissórias a ser resgatada na origem indicada com desconto devido na fonte. Destes dois momentos referidos, uniu-se (1º) a pecúnia com (2º) a garantia de resgate destes valores em determinado praça pré-estabelecida, disto resultando o maior símbolo do capitalismo: o banco.

O banco é uma instituição que não produz nada, mas articula ações entre vários interesses econômicos. Quando alguém já tem, eles querem emprestar mais ainda, quando nada se tem, necessitando de empréstimo, não se empresta, há de se ter algo para hipotecar!

Os agiotas adoram esta jogatina da bolsa de valores, um jogo articulado de papéis, os mesmos idealizados no passado, mas que não possuem lastro, não há como recuperá-los no local de origem, não há fundos disponíveis.

Na entrada da bolsa de valores americana, na Wall Street, no coração do maior centro financeiro do mundo, há em frente à mesma um touro sedutor, como aquele fundido no deserto, que esta em posição de tourear, um símbolo da pecúnia referida que é tão ou mais adorado do que aquele bezerro de ouro no deserto do Sinai.

Como em todo jogo o jogador especula e espera sempre ganhar, o banco banca o jogo do jogador, trocando promissórias falsas, pois não possuem fundos de resgate imediatos. As fichas são colocadas à mesa, e neste momento todos falseiam com blefes de todo jogo. Seria o momento ideal para desbancar os grandes jogadores, que juntaram riquezas iludindo, continuando o sistema mentiroso. Por sua vez há um outro comparsa do econômico, denominado poder político que se junta à mesa do jogo. Um depende do outro, andam de braços dados, buscando sempre enganar a boa fé do grupo numericamente maior que chamam de social, ambos assustam de maneira surpreendente este último, que acredita nas mentiras do jogo financeiro. Deste modo, os falsários socializam as perdas com o grupo social, que tira dos seus parcos recursos de subsistência para ajudar a recuperar carências que estes jogadores inveterados criaram, capitalizando socorro para si próprio, deste ingênuo social, mesmo sabendo que “atrás de uma grande riqueza existe um grande ladrão!”

O altar do bezerro de ouro assim é recuperado, após os agiotas perderem grande riqueza na mesa de jogo. Prejudicam muitos que marcham no deserto, e que deveriam neste momento darem o cheque mate neste sistema de coisas. Amealham de quem não tem, explorando a miséria, consumindo boa parte desta riqueza explorada para bancar o banqueiro, que recolhe o jogo da mesa de pôquer; onde a roleta não pára, o jogo da banca exige mais apostas para sustentar a mentira deste “deus dinheiro”. Os faraós atuais expulsam os ingênuos para manter a integridade do poder, além de tributarem os que não deveriam ser tributados e absolvem da obrigação os perdedores do jogo; e mais pegam parte dos tributados a socorrê-los, fazendo entender que tudo esta sobre controle, e nada aconteceu. Sempre o tributado ingênuo é enganado por um discurso do poder dos faraós oligarcas que mantém deste modo os cassinos dos bancos:

Senhores ao jogo, joguem, joguem sempre,
Aos postos apostos,
Proclama a banca,
Banquem suas jóias em apostas,
Fichas impostas, roletas,
Para sustentar banqueiros, o sumo sacerdote do deus riqueza.

Amém!

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