quarta-feira, 8 de julho de 2009

IMPERIALISMO BRASILEIRO

IMPERIALISMO BRASILEIRO


Quais foram os reais intenções e interesses imperiais da Coroa do Brasil na America Ibérica, a ponto de seu expansionismo estar ligado ao cone sul da América, pretensões estas de nítido controle de potência militar, demonstração do imperialismo da Metrópole com um novo modelo a ser orientado para ter-se, dentro e fora de seus limites, as mesmas estruturas européias, um continuísmo da monarquia absoluta, precisando para isto construir uma identidade, condições humanas mesmo que a mesma viesse de fora, da Europa em constante ebulição de guerras sucessivas.

Desta maneira o império se armava para controlar o sul do país e seu real interesse era o estuário do Rio da Prata. Quando o Brasil, por interferência das vontades inglesas, e não por uma vontade de Dom JoãoVI, embora soubesse das intenções de Lord Strangford, embaixador inglês que estava estacionado com a esquadra inglesa ao largo de Lisboa, comandada por sir Sidney Smith, sendo que, os navios HMS Marborough, Bedford, London e Monarch sob o comando de Graham Moore escoltariam a frota portuguesa até o Brasil. Esta proteção inglesa seria cobrada pela Inglaterra através de um tratado feito por Lord Strangford em 1810.
Estes fatos faziam tremer a coroa portuguesa, não sabendo o que fazer com a cobiça de duas potências mundiais da época, França e Inglaterra, e estando neste impasse seria melhor aproveitar a conturbação “geopolítica” da época. Romper os antigos laços com Portugal era condição imediata para a antiga Colônia de Portugal na América.
Era necessário tornar o Brasil independente e assumir a Armada Imperial que defendeu a fuga imposta por Napoleão trazendo para o Brasil uma comitiva próxima de 15000 súditos.
Está vai tornar-se Armada Nacional, a Marinha de Guerra, nome então usado naquele momento para fomentar a Independência do Brasil.

Esta estrutura foi mantida de algumas embarcações pessoais, organizações e doutrinas da transmigração da Família Real de Portugal em 1808, que era formada na maioria de portugueses e alguns ingleses de alta patente, que aderiram à causa de independência foram aceitos e naturalizados. Dom João VI, tomando de suas atribuições assumindo sua condição soberana criou órgãos de amparo ao Reino, neste momento fixado no Rio de Janeiro. Formou deste modo a Secretaria da Marinha; Quartel General; Intendência e Contadoria; Arsenal da Marinha; Academia de Guardas-Marinhas; Hospital; Auditoria; Conselho Supremo Militar, Fábrica de Pólvora, Cortes de Madeira e outros que foram estabelecidos para fortalecer a administração no Brasil. Em 1815 o Brasil deixou de ser uma Colônia, sendo elevado à categoria de Reino Unido ao de Portugal.
Por uma contingência das exigências do Portugal a beira de uma guerra civil, exige-se a volta imediata da corte, quando em 1820 deflagrou a revolução no Porto, com os liberais exigindo ao rei que voltasse.
Pouco tempo depois o Brasil, pelas mãos portuguesas do então filho de Dom João VI, Dom Pedro, torna-se primeiro Imperador do Brasil, caindo um império e instituindo outro. Deste modo forma-se uma comissão por Luis Cunha Moreira, primeiro ministro da Marinha do Brasil independente e vários oficiais para fazer contato com militares portugueses para aceitarem permanecer em suas posições sob outra bandeira. Os que se recusaram receberam transporte para voltar com famílias que haviam ficado no país.
Havia o medo de uma reviravolta na situação ainda instável, e deste modo foi confiada a armada ao lorde britânico Thomas Alexander Cochrane que se tornou o primeiro almirante, recrutando o que havia de imediato como mercenários, escravos que recebiam alforrias para o caso e poucos naturais, indígenas batedores de reconhecimento por serem familiarizados com a terra, rios, conhecedores da geografia. Deste modo foi constituída a tripulação naval bélica formada para dirigir a frota de uma nau; quatro fragatas; duas corvetas, cinco brigues; seis escunas e vinte pequenas embarcações perfazendo trinta e oito naves. Foi esta formação que seguiu para a Bahia atacando um comboio de Portugal formado por setenta navios que se dirigia ao Grão Pará, colônia que era administrada por governadores militares e administradores diretamente ligados a Lisboa tendo Santa Maria de Belém como capital e que tinha em seu território o equivalente aos atuais estados do Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia e parte do Acre e era parte de duas administrações coloniais que se desenvolveram distintamente até 1823, data em que o Império do Brasil começou a anexar a colônia nortista chamados de “portugueses americanos” diferenciando aos habitantes da colônia do Sul que eram chamados de “brasileiros”. Em agosto, aporta em Belém a embarcação Maranhão, uma brigue comandado por John Pascoe Greenfell, mercenário inglês sob o comando do almirante Cochrane e a soldo do Império do Brasil. Greenfell, blefa espalhando o boato de que a esquadra de Cochrane estava fundeada nas proximidades, Greenfell enviou um ultimato aos governantes portugueses para que depusessem as armas ou aderissem ao Império do Brasil. Caso recusassem, Belém sofreria um bombardeio naval. A maioria dos portugueses e quase toda a burocracia colonial aderiram incondicionalmente em concordância ao poder. Aos poucos se consolidava na América a casa de Bragança com administração de José Bonifácio buscando lideranças conservadoras formada por portugueses de fortuna adquirida na colônia.
Após a Confederação do Equador em 1824 onde os estados do nordeste pensavam em um governo republicano de idéias liberais foram sufocados pelo Governo Imperial que tomou medidas severas contra o movimento separatista. Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou mercenários ingleses para que lutasse contra os revoltosos. Os lideres envolvidos foram acusados e executados pelas instituições judiciárias do Império com a pena a morte por fuzilamento. Resolvido o problema interno o Brasil volta-se a seu maior interesse expansionista iniciando a Guerra Cisplatina de 1824 a 1828. Neste momento a esquadra da armada nacional possui 96 navios de guerra com 690 canhões.
O poderio militar naval copiando o modelo inglês de soberania naval estava consolidado quando Dom Pedro I optou em abdicar a favor do segundo imperador do Brasil, seu filho homônimo. Neste momento o país possuía duas naus; dez fragatas, vinte corvetas, dezessete brigues, escunas de grande velocidade marítima; duas canhoneiras; doze bombardeias; três barcos a vapor, com nítida transformação neste momento por esta opção, quatorze transportes e varias embarcações leves de reconhecimento.

Desde então as relações são blefes constantes, para pelo engano, embora seja mais do que isso, persuadir aos povos livres se submeterem ao julgo do poder imperialista!

Bibliografias
1) http://www.scribd.com/doc/13297858/Brazilian-Navy
2) EstudosAvançadosvol.19 no.53 São Paulo Jan./Apr. 2005 DOSSIÊ AMAZÔNIA BRASILEIRA I Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

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