sexta-feira, 17 de junho de 2011

FLÂNEUR, PERTENCIMENTO E IDENTIDADE


ICONOGRAFIA, HISTORIOGRAFIA E DEPOIMENTOS COMO FONTE DE PESQUISA

Quando resolvemos catalogar a história do pertencimento, orientação de uma identidade reconhecida pelo movimento social depara-se com dois modos de observação para registro:

O primeiro ligado a iconografia registrada em um momento histórico qualquer em determinado espaço registrado por um observador existencialista, o “flâneur”, sem a busca de reconhecimento financeiro, mas um registro por um ideal de preservação histórica onde cada momento tem o seu cuidado.
A  Ótica e a Alteridade

O outro modelo fica com a observação da ótica anotada e registrada em textos que chegaram até nós em livros, revistas, jornais e outros meios, que colaboraram enormemente com a imparcialidade das matérias registrando cada momento, que no hodierno pode ser analisado para também expor a realidade, inclusive ligando toda urdidura das linhas da historiografia.
A iconografia e a historiografia consideram os valores que merecem registro em determinado instante, originando uma investigação comparativa, compondo os fatos evitando uma dualidade duvidosa e com isso resulta uma “investigação comparativa”, até recolhendo a oralidade de depoimentos pessoais, podendo ser considerado o terceiro momento de complementação dos dois anteriores.

Constroem-se desta maneira as condições sem afirmar verdades, mas criar condições de elaboração da crônica esperando pela a crítica salutar, atingindo o objetivo almejado do recorte histórico.
Fotografias engavetadas ou anotações elaboradas por um “flâneur” comparando a sua observação com depoimentos de outra ótica, filtrando o que são comuns para compor o fato histórico merecem como referências para início de um projeto de observações sistemáticas.

Unindo esses três elementos, iconografia, historiografia e depoimentos, cria-se a dimensão que completa os “autos de um processo” que resulta no objetivo de formar a identidade procurada por cada geração que se liga a toda construção histórica de cada indivíduo, refletindo em cada momento contemporâneo, fazendo a evolução de valores do pertencimento que une um grupo em determinado espaço e tempo, almejando formar um elo de igualdade, respeitando e aceitando a alteridade.

CIDADE: SER VIVO EM TEMPOS DIFERENTES NO ESPAÇO

Caminhando em passos firmes, com cada passo de cada vez, sem a pressa do imediatismo, para atingir a finalidade desta grande jornada para disponibilizar-se material para futuras comparações que não dispensa a colaboração de toda pluralidade de outros seguimentos que usa a observação como método, único modelo para atingir o objetivo científico de entendimento do meio, no caso a “cidade como ser vivo”, com o “flâneur”.

Quem não revive o passado e despreza o presente, ansiando sempre pelo futuro, jamais consegue atingir algum objetivo.

 
Bibliografia:


MAFFESOLI, Michel. O Tempo das Tribos. São Paulo: Forense Universitária. 3ª Edição

WILLIAMS, Raymond. O Campo e a Cidade na História e na Literatura. São Paulo:Companhia das Letras, 1989

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