quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ÚLTIMA TRINCHEIRA PARA POUPAR O REI

A Micro e a Macro História da Pátria Armada

Debruçando diante da história, quando anteriormente tantos já o fizeram, e deram subsídios para deleitar-se com algo capaz de nos levar as consequências analíticas dos fatos ocorridos no passado e que reflete na atualidade consequências, sabendo-se que o tempo do “presente é o passado mais recente”.
Vamo-nos defrontando com escombros arqueológicos da historiografia e que precisa ser decifrada por um indivíduo em sua contemporaneidade.

A história gira diante de feitos subjetivos de quem possui o controle da “macro história”, distinguida por ser esta que detém o poder de escrevê-la e documentá-la e fazer dos fatos algo de concreto de historiografia, embora resulte dentro dessa “macro história”  algo mitológico, do herói invencível que necessita do sujeito da “micro história” para sobreviver, o povo em sua plenitude.
Este ser anônimo da história é responsável para sustentar o mito heróico da epopéia que se quer como resultado, retirando disto as idéias que deverá dar todo o conceito de motivação de defender uma bandeira e que por motivos vários (língua, costumes, ritos, e outros) se denominam nação.

Tudo isto esta embasada nas condições que se apresentavam à época em que se constituiu todo o efeito mítico e que foi a causa de perpetuar pelo tempo as glórias de determinada civilização, num âmbito de vários fatores que somados as circunstâncias de então causa ação e reação esperada pelo poder.
Destas somatórias culminam os feitos de heroísmo de alguém que se sobressai da multidão, não por méritos, mas por controle de poder com direção de comando de general que usa deste poder para insuflar a massa e extrair aquilo que comumente se requer em benefício na batalha, e que causa comoção pelas emoções que aquele instante requer dos “filhos da pátria”.

Depois da luta derradeira e dos aguerridos combates da última trincheira, nasce um exacerbado exagero de ter a pátria como aquela que pode nos acolher como mãe, mas que infelizmente caí-se nos braços da madrasta, depois da batalha na última fronteira, o poder dita às regras do que deve ser exposto pelo vencedor, com seus feitos e suas glórias, esquecendo-se que houve aquele que selou o cavalo do general, preparou a cozinha de todo o contingente para que tudo ocorresse dentro das necessidades básicas de cada um que foi ao front, desarmado no instante derradeiro para as armas não se virarem contra o próprio rei.
O vencedor irá extrair do vencido o butim da derrota e aos seus filhos que a defenderam receberão o soldo do desprezo. Os reis, por sua vez, receberão o valor que não merecem, pois somente assinarão o armistício por formalidades, pois jamais foram lutar na frente de batalha não cheiraram o fedor de urina na última trincheira onde muitos morreram para poupar o rei!

Édito futuro: Na próxima batalha que vá o rei e seu séquito à frente da trincheira!

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