sábado, 4 de fevereiro de 2017

A Saga Grassmann (Graßmann): Pioneirismo em Santo Amaro / São Paulo

Preâmbulo sobre a família Graßmann[1]

Heinrich Grassmann veio para o Brasil no ano de 1880 com 13 anos de idade

Esta crônica foi revisada, sendo que originalmente foi publicada no site da São Paulo Turismo, denominada “São Paulo Minha Cidade” em 01/12/2010.

Por força de estudos sabemos que há outras vertentes da família Grassmann no tempo da colonização ocorrida no Brasil, que imigraram  em direção ao sul do país. Focamos na corrente familiar dos Grassmann  que se desenvolveram na região de Santo Amaro, São Paulo, onde  fixaram-se, colocando o conhecimento na área metalúrgica abrindo a indústria desse ramo na região. 


Há muito que acrescentar nesta crônica ficando livre para comentários oportunos e críticas que serão bem vindas, pois uma genealogia tão extensa requer uma dose intensa em pesquisa.  

VIDE QUADRO ABAIXO DA EMPRESA GRASSMANN COM CAPITAL ABERTA EM 1917


A SAGA GRASSMANN

A história dos grandes homens está sempre relacionada com seus feitos idealizados pela estrutura familiar duradoura, onde o patriarca torna-se presente na formação dos filhos, e que os antigos denominavam de "berço", o rígido sistema de "torcer o pepino" antes de "maduro", observando a criança de perto pela suavidade materna, mas nunca conivente com o incorreto.

O marco da imigração alemã foi iniciado no século XIX, mais precisamente na Colônia Paulista, datada de 1829, em Santo Amaro, que de 1832 a 1935, tornou-se Município independente da Cidade de São Paulo.

A família unida preservou os preceitos da honradez e dignidade ao trabalho, dando continuidade ao nome Grassmann, aonde muitos desses primeiros colonos vieram da cidade de Manubach.

Henrique Jacob Grassmann (1867/1941) era natural de Horde e aqui contraiu matrimônio com a senhora Luise (Jasper) Grassmann (1864/1922) formando uma família numerosa com os filhos citados abaixo:

Heinrich (Henrique 1891/1956), cônjuge Clara Peggau (1892/1986)

Lina (1893/1955) cônjuge Wilhelm Henschel (nasc***/1974)

Margarete (Margarida 1895/1967) cônjuge Bruno Hochheim (nasc***/1985)

Charlotte (Carlota 1896/fal.***) cônjuge Heinrich Franke(nasc***/1944)-2º cônjuge Gottfried Bracher(nasc***/1974)

Frederico (1897/1976) cônjuge Vitalina Roschel Klein (1898/1976)

Olga (1899/1998) cônjuge Alberto Luttenschlager Junior(1898/fal.***)

Klara(1901/1904)

Frieda(nasc***/1904)

*Paulo (1905/1993)  cônjuge Anna Maria Helene Rostin (1907/1997)

Luiz, apelidado de Lut (1907/1979) cônjuge Barbara Nyari (??)


*Paulo Grassmann participou como um comerciante ativo no ramo de panificação tornando-se um dos proprietários da "Padaria Allemã" no Largo 13, em Santo Amaro. Foi casado com Anna Maria Helene Rostin, tendo dois filhos, Waldemar Paulo Grassmann (1928/2007) e Ilse Anna Grassmann, casada com Hermann Klasing.que dirigiu o Colégio Humbodt por longo tempo.

(vide abaixo em Comentários Gerais, o de Roberto Guilger)

(Famílias Brasileiras de Origem Germânica. Volume VIII. p.96; 97;98)

Luiz (Lutti) Grassmann, um capítulo a mais

Luiz Grassmann nasceu em 19 de setembro de 1907 no “Município de Santo Amaro”, em São Paulo. (Santo Amaro teve independência administrativa de 1832 a 1935, quando se tornou um bairro do Município de São Paulo)
O jovem Luiz resolveu seguir para Santa Catarina, em Blumenau, terra da avó Luise onde se fixou por algum tempo. Buscando alternativas voltou para São Paulo onde se tornou sócio de um porto de areia na Chácara Santo Antônio com dois empresários portugueses, José e João Costa.

A areia era extraída com muito trabalho e esforço com bateias manejadas manualmente que eram colocadas no convés do batelão[2] e depois descarregadas na margem do Rio Pinheiros, que já passava pela retificação em seu curso nos seus anteriores 42 quilômetros de várzea sinuosa, ficando apenas com 25 quilômetros.

A empresa Giroflex, tradicional fabricante de móveis de escritório adquiriu área dos Grassmann, próximo a Marginal sentido Centro de São Paulo.

Assim família deslocou-se para a Vila Prel, na Estrada de Itapecerica, para uma chácara de 11 alqueires, em 1940, próximo a bifurcação da Estrada do Campo Limpo e que foi adquirido de “João Doutor”, tradicional morador do bairro Jardim São Luiz, onde foram implantadas as primeiras Olarias Grassmann. Permaneceram neste local até 1963.

Neste tempo Santo Amaro expandia seu pólo industrial, e em 1942 foi fundada a “Sociedade Eletro Mercantil Paulista - SEMP[3]” fabricante de rádios e “eletrolas” na Avenida João Dias, 2476.

Em sua ampliação entre 1958 e 1959, o fornecimento de tijolos da empresa foram adquiridos da olaria instalada na Vila Prel de Luiz Grassmann, fornecendo também os pontaletes da construção das pontes em arco da empresa canadense “The São Paulo Tramway Light And Power Company Limited”, ou simplesmente Light, em 1941.

Com a demanda aumentando foi adquirido um caminhão para as entregas mais pesadas, sempre com a colaboração da esposa e filhos, que às vezes davam suas fugidinhas para defender o Benfica, time da várzea paulistana, campeões na categoria em 1952 e 1954.


Time do BENFICA de 1952: Grassmann, apelidado de Duca, 2º da direita para a esquerda em pé, era o center-half  (volante) (Crédito: Ema Caratin)

Do matrimônio de Luiz Grassmann com Barbara Nyari resultou em cinco filhos:

Rodolfo Grassmann
Frederico Grassmann
Carlota Grassmann
Alberto Grassmann
Stefano Grassmann

(Famílias Brasileiras de Origem Germânica. Volume VIII. p.98; 99)

Os filhos Frederico, Rodolfo e Alberto Grassmann seguiram no ramo do pai dando continuidade às olarias. Esta vertente da família Grassmann deslocou-se para o Bairro da Lagoa, em Itapecerica da Serra, onde seu filho Frederico Grassmann e esposa Bárbara criaram oito filhos, sendo pioneiros na região. Luiz Grassmann manteve sempre a esperança como meta, partindo da vida com a obrigação cumprida em 13 de novembro de 1979.



 Pesqueiro Grassmann que o progresso destruiu no Bairro da Lagoa

Nota sobre o bairro Chácara Lagoa e o Rodanel


Onde está a beleza do progresso?
Afinal será necessário destruir para construir?
Em Itapecerica da Serra há o bairro Lagoa onde havia há uns dez anos um belo “lago pesqueiro” que pertencia a família Grassmann...e de repente chegou o “progresso” cortou tudo ao meio e “dentro da Lagoa do pesqueiro’ edificaram colunas do Rodanel e transformou completamente o lugar e de um lago bonito, ganhou-se uma vegetação secundária!
Doença também pode progredir!

Fotos abaixo: antes e depois





REQUIPE, UMA EMPRESA GRASSMANN

Paulo Grassmann participou como comerciante ativo no ramo de panificação tornando-se proprietário da "Padaria Allemã" no Largo 13, em Santo Amaro. Foi casado com Anna Maria Helene Rostin, tendo dois filhos, Waldemar Paulo Grassmann e Ilse Anna Grassmann.

Walter Grassmann foi proprietário do posto de gasolina Texaco que havia na Avenida João Dias em sociedade com  Agostinho Teixeira. 



POSTO DE GASOLINA TEXACO: ONTEM E HOJE

Waldemar Paulo Grassmann criou a empresa Requipe Transportes Ltda em sociedade  com Olívia Fuhr firmada em 24 de outubro de 1967. Sua especialidade estava voltada para o transporte rodoviário de carga a empresa inicialmente estava localizada na Avenida João Dias, nº 1934. Hoje responde pela atuação deste seguimento a empresa “Lomar Transportes” de prestação de serviços no mesmo seguimento, situando-se à Rua José Abrantes,100, Santo Amaro, Jardim Internacional, São Paulo.

Frederico Grassmann, outro exemplo de pioneirismo

Muitos foram “santamarenses da gema” como Frederico Grassmann, nascido em Santo Amaro, em 09 de novembro de 1897.

A família Grassmann fixou-se inicialmente à Rua Belchior de Pontes, onde Frederico Grassmann casou-se com Vitalina Roschel Klein, (nasc. Parelheiros em 19 de novembro de 1898) formando nova família, dando continuidade a tradição com nomes respeitáveis de ambos, com os filhos:

Nair (1922) cônjuge Mariano Simonini
Walter (1931)
Edith (1932/1934)
Wilma(1939) cônjuge Werner E.G. Figge

Em 1931, fixaram-se num local aprazível, após o Rio Pinheiros, à época ainda pouco explorado, rodeado por Mata Atlântica exuberante, que continha a vazante das cheias de épocas chuvosas



Ponte João Dias final da década de 30, finalizada por vota de 1941: Pontaletes fornecidos por Luiz Grassmann. Crédito fotos: Ema Caratin

Tudo era convidativo, sendo o local um verdadeiro mirante a perder-se no horizonte com toda vista da Cidade de São Paulo, recebendo o lugar o nome de Jardim Mirante, pois dava uma visão de boa parte do Planalto Paulista. Neste local, entre as atuais Ruas Vitalina Grassmann e Tomás de Souza, o senhor Frederico Grassmann adquiriu área nas imediações de uma nascente de águas cristalinas, que ficou conhecida como "mina" pelos poucos moradores da região. O riacho era ladeado por árvores frondosas que formavam sombras com suas copas Assim a família criou um pomar como uma enorme mangueira, tombando deliciosamente suas folhagens próximas ao riacho, e na época de dezembro fazia a alegria da gurizada, com seus frutos em início de amadurecimento. Era um verdadeiro bosque, um oásis em forma de pequeno vale, todo gramado, cortado por este riacho que deslizava suavemente ao encontro ao Rio Pinheiros.

Neste local, a família Grassmann criava animais para consumo próprio, como patos, galinhas marrecos, vacas. A comida era farta e saborosa, pois, inspirada na culinária alemã, era preparada em fogão a lenha, o que dava um sabor peculiar aos alimentos graças às mãos habilidosas de Vitalina Grassmann.

UMA ESCOLA TEUTÔNICA EM SANTO AMARO

Além de ajudarem nos afazeres da casa, os filhos do casal também se dedicavam aos estudos, frequentando a “Deutsche Schule de Santo Amaro”, mais tarde denominado Colégio Humboldt[4], que se localizava em terreno de aproximadamente 1700 metros quadrados, doado por Henrique Grassmann, sendo fundado em 2 de abril 1916, conforme relatado, na baixada da Rua da Matriz, na Rua Rio Branco, em Santo Amaro.

As aulas iniciaram-se em 01 de maio de 1916 e desenvolveu-se rapidamente  contando no início com 41 alunos, a maioria descendentes de alemães.  Com a Primeira Guerra Mundial (de 1914 a 1918) em andamento, em 1917 com a Alemanha evolvida no conflito, o Colégio foi fechado, sendo reaberto em 1921, reiniciando com 15 alunos. Em 1927, o número de alunos havia subido para 60.

Pela localização da escola nas proximidades da Rua Rio Branco, em Santo Amaro, a escola passou a ser denominada, por algum tempo, de Barão do Rio Branco, por força de decreto de Getúlio Vargas, presidente do Brasil, convocando que as instituições que tivessem algum vínculo com o Eixo (Japão, Alemanha e Itália) na Segunda Guerra Mundial (de 1939 a 1945) não poderiam ostentar nomes originários da língua desses país. Assim em 1942 a escola fechou novamente e foi somente reativada a partir de 1951, assumindo suas funções educacionais plenas a partir de 1957. 

Atualmente, o Colégio Humboldt encontra-se em modernas instalações na Avenida Engenheiro Alberto Kuhlmann, nº 525, Interlagos, São Paulo.As crianças, desde o início são alfabetizadas em português e alemão, recebendo informações das duas culturas.

FORJARIA GRASSMANN

Seguindo uma das tradições alemãs da fabricação de aço de qualidade próximo ao acesso da antiga Estrada do Morumbi, Frederico Grassmann, em conjunto com seu irmão Henrique e o cunhado Bruno Hochheim, idealizaram a Forjaria Grassmann.

A indústria especializou-se na fabricação de ferramentas com o mais fino aço, gravado com a letra "G", maiúscula de "Grassmann", que se tornou sinônimo de qualidade. Eram foices, facões, enxadas, aros de rodas e uma gama de outras peças em metal.

O setor de forjaria era completado com enormes foles que insuflavam ar em fornos rústicos, alimentados por carvão vegetal, com o aço sendo moldado em bigornas com golpes precisos em peças úteis para a agricultura, isto nos caminhos do Morumbi, na atual Avenida Giovanni Gronchi, na esquina dos encontros das avenidas João Dias e Itapecerica da Serra, acesso ao interior paulista, na zona do extremo sul da capital.

Associado a isto se fazia manutenções gerais, sendo um complemento das atividades de ferreiro, onde a marcenaria atuava na manutenção de carroças e aranhas, que faziam trajeto de São Paulo a Santo Amaro, indo para o interior, como Itapecerica da Serra, Embu (hoje acrescido da palavra “Artes”), Cotia e outras regiões.


Onde antes estava a citada empresa, mais tarde foi implantado a Companhia de Acumuladores Prestolite, para fabricação de baterias com finalidade automotiva, área adquirida da família Grassmann em 1947. Mais tarde este local acolheu uma escola de equitação, embora a área ficasse por algum tempo fechada para descontaminação dos produtos pesados como chumbo e ácidos usados na antiga fábrica.

Hoje há no local o super mercado Carrefour que ocupa toda área que um dia pertenceu a Forjaria Grassmann!

Santo Amaro fez parte da vida de vários imigrantes e seus descendentes, como Frederico Grassmann, que andava pelas ruas com seu Ford Bigode do Largo da Matriz e depois acessando a Avenida João Dias, dirigindo-se à Penhinha, da pequena capela branca de Nossa Senhora da Penha, testemunha de uma época que não suportou o "progresso" de São Paulo, sendo a mesma demolida em maio de 1973, além do "Curtume Dias", e na atualidade na proximidade deste local situa-se o terminal de ônibus João Dias e da linha cinco do metrô, deste “interior” de São Paulo e de seu modo caipira de ser.

Frederico Grassmann teve seu passamento em 02 de julho de 1976, aos 78 anos de idade e que, justamente, tornou-se logradouro de rua que anteriormente era designada pela numeração de "Rua 44", oficializou-se como "Rua Frederico Grassmann" pelo decreto número 14.958 de 03 de março de 1978.

As histórias dos subúrbios paulistanos são feitas destes heróis eternos!

Nota:


Há de se ater que existiam duas pessoas com o nome Frederico Grassmann: o primeiro era filho de Heinrich Jacob Grassmann e nasceu em 09/11/1897 em Santo Amaro e fixou-se próximo a Avenida João Dias no Jardim Mirante, no atual distrito Jardim São Luiz, onde deu continuidade ao setor de metalurgia. 
O segundo Frederico Grassmann seguiu no ramo do pai, Luiz Grassmann dando continuidade às olarias da família. Esta vertente da família Grassmann deslocou-se para o Bairro da Lagoa, em Itapecerica da Serra. Este era sobrinho do primeiro!

Fontes:
1)    Depoimento em 10 de julho de 2004 de Nair Grassmann, filha de Frederico Grassmann

      2)    Matéria de “A Tribuna”  de  30 março 1941: Passamento de Henrique Grassmann

      3)    Fouquet, Birgit, et al. Famílias Brasileiras de Origem Germânica. Volume VIII. São Leopoldo:          Oikos. São Paulo: Instituto Martius Staden, 2011

      4)     Luiz Grassmann, um capítulo a mais: Depoimento concedido em 21 de abril de 2006, por seu filho, Frederico Grassmann, no bairro da Lagoa, Itapecerica da Serra.

Outros textos:

FREGUESIA DE SANTO AMARO E A COLÔNIA PAULISTA, NÚCLEO COLONIAL IMPERIAL


Zona Carvoeira de Santo Amaro



180 anos de Imigração Alemã em Santo Amaro, São Paulo

Roberto Guilger no Facebook Botinas Amarelas sobre a Padaria Allemã


Inicialmente foi também venda de secos e molhados de meu Bisavô Pedro Gilger ( depois Guilger) - quando saiu de Colônia Alemã ( da época) ( das terras de seu pai o alemão Johannes Gilcher) montou este comércio para viver. Foi ai que nascemos e vivemos em Santo Amaro até os dias de hoje, Grande parte de minha Família ainda moram e vivem nestas regiões. 30 de janeiro de 2017

Segue abaixo alguns comentários do site São Paulo minha Cidade: História publicada em 01/12/2010

Publicado em 09/12/2011 
Carlos, meu pai, o Sr. José Estevão, trabalhou durante 2 anos na SERRALHERIA PIRATININGA, com o Sr. Waldemar Paulo Grassmann, era na Avenida João Dias, 3608. Meu pai, sempre falava desse senhor, dizia que era muito boa gente. Meu pai trabalhava como Servente Geral. O Sr. Waldemar Grassmann gostava muito do café que o meu pai preparava. Meu pai, já falecido, falava muito bem dele. Anos depois, meu pai abriu seu comércio aqui no Jardim São Luís, o bar e mercearia São José. Enviado por ROSARIA - rosariaestevao@hotmail.com

Publicado em 06/02/2012
Muito bom! Felizmente a história da família se mantém e é lembrada. Creio que, Henrique Grassmann era irmão do meu bisavô, Daniel Roberto e mais uma irmã (Maria?). Quando imigraram da Alemanha, antes de Santo Amaro, Henrique e Daniel, filhos do 1º Henrique Grassmann moraram em São Simão, no interior do Estado de São Paulo. Contemporâneo de Frederico, meu avô Oswaldo (1902-1974) e seus sete irmãos. Enviado por Durval Grassmann Pinto - dgrassmann@uol.com.br

Publicado em 15/05/2012 
Eu sou neta do Frederico e Vitalina Grassmann, filha da Wilma Grassmann. Não te conheço, mas fiquei orgulhosa com as palavras elogiando o meu avô. Enviado por Deise Figge Manz - deise.manz@gmail.com

*Helga Grassmann referências do face Botinas Amarelas, em 13 de janeiro de 2016 Guilherme Negraes Jr.
Amigos, fiquei emocionado com a repercussão das fotos que postei ontem da família Grassmann e Klasing. Isso mostra que muita gente se interessa por nossa história, isso é bom, pois um povo sem memória não tem futuro...
Escrevi para a Helga contando sobre o site do Botinas Amarelas e enviei o texto sobre a Forjaria Grassmann, que ela não conhecia, ficou de enviar para sua mãe que mora ainda no Brooklin Velho. Mandou ainda mais 4 fotos e alguns comentários sobre elas, que vai abaixo:
Obrigada, não conhecia ainda.
Certamente vou mostrar para minha mãe, mas minha avó também registrou a história da forjaria (na atual Vila das Belezas) em alemão. O Henrique (um dos fundadores) casado com Louise era pai do meu avô e ferreiro. Meu avô ainda tinha um irmão mais velho chamado Henrique, que deve ter trabalhado na forjaria também, além dos irmãos citados Fritz, Olga (avó do Alberto Luttenschlager, que você talvez conheça), Carlota (Lottchen), Margarida (Gretchen), Luiz (Lutti, avô dos Grassmann de Itapecerica, Material de Construção Bairro da Lagoa). Só faltou meu avô Paulo na lista, duas outras irmãs morreram de difteria ainda crianças. Anexo duas fotos de Fritz (Frederico), Vitalina e Nair em 1927 e uma foto que não tem identificação, mas estimo ser da forjaria pelos detalhes. Ainda uma foto do clã com identificações e uma mais antiga sem. Quem estava na idade escolar na foto de 1918 deve ter frequentado a escola.

*Contato por e-mail com descendente Graßmann na Alemanha

de:
 "Helmut Graßmann"
para:
 cafatorelli@gmail.com
data:
 19 de dezembro de 2012 12:35
assunto:
 Forjas :: Grassmann: Santo Amaro bahnbrechenden ;veröffentlicht im Sao Paulo minha cidade am 01.12.2010

Hallo, Herr Carlos Fatorelli
Durch Zufall habe ich diese Seite gelesen.
 Der Großvater von Fritz, Heinrich Graßmann ist am  09.01.1841 in Manubach/Deutschland geboren. Hier sind auch die Wurzeln der Familie Graßmann. Ein Bruder v. Heinrich wanderte  1856 n St.Catarina Blumenau aus. Heinrich wanderte l mit seinen Kindern, unter anderem auch der Vater von Fritz ,Heinrich Grassmann, geb. 05.10.1867 in den Jahre 1882/1883 nach Brasilien aus.
 Der älteste Graßmann, Vorname Melchior, den ich ermitteln konnte, wurde um 1620 in Manubach geboren.
 Ich bin ein Nachkomme der Manubacher Linie und  betreibe aktiv Ahnenforschung.
 Ich bin stolz, dass die Grassmänner in Brasilien viel erreicht haben.
 Es war mir einfach mal ein Anliegen, mich zu Ihrem Artikel zu äußern.
 Viele Grüße aus Deutschland, und für das bevorstehende Weihnachtsfest alles Gute und ein gesundes neues Jahr 2013

Transliteração: Favor revisar o exposto pelos versados no vernáculo

Olá, Sr. Carlos Fatorelli
Por acaso, li esta página.
O Avô de Fritz Heinrich Graßmann nasceu em 09.01.1841 em Manubach,Alemanha. Aqui estão as raízes da família Graßmann. Um irmão v. Heinrich emigrou para St.Catarina Blumenau em 1856.
Entre outras coisas, o pai de Fritz, emigrou com um de seus filhos, Heinrich Graßmann, nascido em 05.10.1867 e no ano de 1882/1883 Heinrich veio para o Brasil.
O homem mais antigo dos Graßmann, primeiro nome Melchior, encontrei que nasceu por volta de 1620, em Manubach.
Eu sou um descendente da linha da genealogia Manubacher.
Estou orgulhoso de que os Graßmann no Brasil tenham conseguido sucesso.
Foi-me apenas um interesse em ver seu artigo.
Muitos cumprimentos da Alemanha e para o próximo Natal felicidades e um ano novo saudável de 2013




[1] ß, denominado de eszett ou scharfes S  é uma letra do alfabeto gótico. (eszett no idioma alemão significa "s-z"). É utilizada unicamente na língua alemã. Com a reforma ortográfica da língua alemã  em 1996, o ß (eszett ) desapareceu convertendo-se em ss, como em Schloß, transformado em Schloss (castelo) e bißchen, que se tornou bisschen (pouquinho).  
Ref. https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%9F  (acesso em 03-02-2017)

[2] Batelão é uma embarcação de fundo chato, com pequeno calado (1,20m) própria para operação próxima às margens e em águas rasas de rios, lagos e lagoas, equipada com motor de propulsão ou não, utilizada para transporte de materiais provenientes de dragagem.

[3] SEMP Rádio e Televisão: FINAL DE UM MARCO INDUSTRIAL EM SANTO AMARO/SÃO PAULO


[4] HUMBOLDT
O encontro de um grupo de alemães, em 1916, na Padaria Lindau, no Largo 13 de Maio, deu início à ideia de fundar uma sociedade escolar alemã. Eles queriam oferecer uma escola aos seus filhos na qual pudessem aprender a ler e escrever em alemão, recebendo uma educação dentro dos moldes da Alemanha. Ainda no mesmo dia, designou-se uma diretoria provisória da sociedade. 

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